Estou mal, ando dispersa, ando pelas ruas e não vejo ninguém, ando distraída, estou dormindo mais que o normal, não vejo meu telefone tocando, não ouço as pessoas me chamando, não tenho ânimo, não quero sair, não vejo mais graça nas coisas que eu via antes. Minha mãe insiste que eu saia, e eu não quero! Não quero que as pessoas me encontrem. Estou com medo, medo do futuro, medo da solidão, medo das pessoas, medo da decepção, medo do começo, medo do fim, medo do novo, medo do velho, medo de encontros, medo da vida, medo da morte. Quero me esconder, quero me achar. Me reencontrar, me redescobrir. Tenho medo de mim! Quem sou? Quem serei? O que eu quero? O que eu faço? O silencio é meu maior companheiro! Estou me distanciando de tudo, mas quem quiser saber por onde eu ando, estou por aí... Levando comigo um coração cheio de feridas, cheio de arrependimentos, cheio de marcas, cheio de saudades, e uma cabeça cheia de dúvidas. Vou por aí, mas eu volto! Tenho família e amigos maravilhosos, aqueles que eu não trocaria por nada no mundo. Mas estou triste, estou com medo, cheia de preocupações e incertezas, estou insegura. Queria saber que sou! Queria ser uma pessoa segura. Queria que meus pais sentissem orgulho de mim, queria ser tão feliz quanto mostro ser. E eu não quero demonstrar para ninguém como verdadeiramente me sinto, então vou me afastar. Eu volto, mas enquanto não me encontro, estou por aí...
(b.monitchelle)
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