domingo, 12 de setembro de 2010

Valeu a pena



Pensando, pensando e pensado, decidir escrever sobre vocês. Não sei se só eu sinto falta dessa amizade, se só eu penso todos os dias, quão bom era aquele tempo, em que restava um pouquinho sequer de sentimento. Não acho justo tudo isso acabar de forma tão desinteressada e fria. Pouco tempo de ‘amizade’, mas houve historias. E quando há historias, não tem como apagar. Risos, choros, pingas, brigas, amores e desamores... Muitas coisas para serem guardadas em algum lugar, sujo e empoeirado em nossa mente. Amizade ou qualquer outro tipo de relacionamento deve ser regado, com muito amor e cuidado, senão vira mesmice e algo sem valor. Eu com meu jeito difícil de lidar, sempre tentei fazer o melhor que pude. E ate hoje tento... Talvez eu não tenha sido para vocês o que vocês foram pra mim. Mas sei que daqui a algum tempo, muito mais do que hoje sentiremos saudades daquelas conversas, daqueles dias atoa, daquele amor, daquele companheirismo, daquela sexta à noite, daquela quarta feira em que um bebe demais e chega em casa contando tudo e mais um pouco aos pais, daquele dia em que bate o carro e tem que atravessar a cidade para deixar alguém em casa, com o pneu torto e a policia atrás, das serenatas, saudades daquele mirante, e quantas historias tem aquele mirante, das noites com pesadelo que temos que mandar mensagem para aquele amigo que nunca dorme entrar no msn e virar a noite 'conversando'. Sentiremos saudades também, daquele violeiro apaixonado, daquele amor secreto (que todos sabem) pelo amigo, das historias do halls preto, daquela vez em que saímos de casa e juramos nunca mais voltar, e uma semana depois estava lá de volta, daquela vez em que a melhor amiga ficou com o ex namorado, daquele meliante, das juras eternas de amor que duravam dois dias, das brigas sem motivo, do ‘O anonimo’, do brigador de rua, de alguém chupando gelo no frio, das pessoas que não sabem beber, bebem e vão na pizzaria passar vergonha nos amigos, daquele negão correndo atrás de madrugada, daqueles ciúmes que ninguém entendia. Sentiremos saudades das viagens que ficaram nos planos. Saudades daquela menina burra que ficou com o irmão do carinha que ela gostava, daquela amiga mais louca que achava que todos os dias eram finais de semana... Enfim, sentiremos saudades daqueles momentos, daqueles lugares, daqueles dias, e daquelas pessoas. Sentiremos tanta saudade, e desejaremos ter a oportunidade de voltar e fazer um novo começo. Mas será tarde demais. Mas as lembranças sempre existirão. A ligação e amizade que nós temos, creio eu com minha personalidade errante, que não seja só mais uma amizade em um milhão, é alem disso. Ninguém se conhece por acaso, e se hoje todos se afastaram talvez tenha faltado amor. Não existe culpado para isso. Mas algum dia, quando não nos falarmos, quando não nos vermos, quando cada um seguir o seu destino, espero que fique guardado no coração de cada um, o carinho, a devoção e o amor que sentir e sinto por vocês. E espero que no futuro todos possam olhar para trás e ver um passado bonito, com amizades não mais presentes, porem inesquecíveis. E dizer que apesar de tudo, valeu a pena cada segundo.

(b. monitchelle)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Um cachorro e um irmão



Olhando algumas fotos no meu computador, achei uma foto do meu irmão e do meu cachorro. E me coloquei a pensar, o quão os dois são importantes na minha vida. Às vezes, pensamos em encontrar novas pessoas, em fazer novas amizades, conhecer novos amores... E nos perdemos, a ponto de não conseguir dar valor em quem realmente vale a pena. Se eu parar e pensar, os dois são os meus melhores companheiros. O meu cachorro, o Teco, ta sempre do meu lado. Eu não preciso me vestir com a melhor roupa, colocar maquiagem, ficar sorrindo para ele me amar. Ele não me julga, por eu ter ficado o dia todo fora e não ter lembrado de colocar a ração dele. Quando eu chego em casa, ele sem pensar e pedir nada em troca, doa todo o amor e carinho para mim. Mesmo quando eu brigo e mando ele sair. Quando eu to triste, chorando no quarto ele tenta me alegrar, me lambendo e chorando do meu lado. Quando eu to dormindo, ele vai me acordar. E é o melhor companheiro de todos, o mais fiel. E o meu irmão? Eu brigo o dia inteiro com ele, como todos os irmãos ‘normais’. E sempre que eu preciso, ele ta do meu lado, quando bate o medo no meio da noite é na cama dele que eu pulo. Quando eu to me sentindo mal, porque aquele ‘carinha’ me deu um fora, é ele quem está do meu lado, sem saber muito bem o que dizer, manda um palavrão e me faz rir. É por ele que eu morro de ciúmes, e é o único que vale a pena, eu morrer de ciúmes. É ele que me faz rir todo o tempo, é ele que conta os meus segredos para todo mundo. É com ele que eu brigo, grito, xingo e choro e sei que posso contar sempre. Enfim, às vezes procuramos tão longe uma alegria que está do nosso lado.

(b. monitchelle)

Como você está?

Uma amiga me perguntou como eu estou. E eu pensei em responder: Será que você realmente quer saber como eu estou? Você esta disposta a ouvir? Você tem certeza? Você tem tempo pra me ouvir? Você quer entrar na minha vida a ponto de saber como eu me sinto? Tem certeza? Pois bem, eu to mal. To muito mal. Eu to mal, por não conseguir cortar relações com ninguém, pelo simples fato de ter o coração maior que o de todos, e assim amar demais. Eu sempre quero todos perto de mim. Eu to mal, porque as pessoas me ferem, as pessoas me pisam, me maltratam. Sinto-me o pior dos seres. E sempre estou disposta a dar a outra face. Você quer a outra face? Então tome. Me bata, me xingue, me chame de falsa, hipócrita, burra, mentirosa, invejosa, chata, ridícula. Todos os adjetivos que você encontrar. Eu não me importo... Eu to mal, porque as pessoas pelo qual eu sinto um carinho imensurável, simplesmente não se importam. E não adianta, faça o que fizer, você sempre será apontada pelos seus defeitos, suas falhas. No final haverá apenas, as pessoas te julgando. Eu to mal, porque há milhões de pessoas no mundo, e eu não encontro ninguém que goste de mim, e que realmente valha a pena. Eu to mal, porque as amizades que eu sempre prezei, no final me abandonaram. Eu to mal, porque já não vejo mais saída. Eu não to vendo mais soluções, eu ouço as risadas de pessoas hipócritas e falsas, eu vejo falsas amizades, e falsas alegrias. Eu to mal, muito mal. O mundo me aflige, e eu não tenho ninguém pra me abraçar e dizer que vai cuidar de mim, e que eu não to sozinha. Eu to mal, porque ninguém, ninguém mesmo me conhece de verdade. Ninguém conhece os meus medos e meus limites, talvez nem eu mesma. Eu to mal, porque nesse mundinho só cresce quem sabe pisar nas pessoas. Eu to mal, porque esse universo digital me assusta. Amizades virtuais, amores virtuais. O calor humano cada vez mais raro, e trocado por uma tela de computador. Eu to mal porque ultimamente não há nada para que eu possa ficar bem. Mas estou aqui, no chão, com o coração e a alma em pedaços. Estou tentando concertá-los e me reencontrar, antes que seja tarde demais. Mas não se preocupe comigo, o importante é eu estar com um sorriso na cara... Mas não quis dizer tudo isso a ela. E simplesmente respondi: Eu estou ótima! E você, como está?...

(b. monitchelle)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

De novo, de novo, de novo.

Há alguns dias não sentia fome, me sentia completamente saciada e realizada. Cheguei a pensar que dessa vez, Deus finalmente havia atendido as minhas preces, e aquele homem era realmente o que eu queria. O beijo era tão bom. Passamos algumas horas tão lindas e cheguei a imaginar que era real, que era sincero, que era mágico. Todo dia era bom, até segunda feira eu acordei cantando. Mas essa paixão como todas as outras, durou uma eternidade... uma eternidade de uma semana. Até sentir aquela facada atravessando as minhas costas e chegando no lado esquerdo do meu peito. E o que eu podia dizer? Que já sabia, é claro. E agora eu sinto uma grande vontade de não fazer nada. Por que tudo acaba no mesmo lugar? Ah, não. Não agora. Tudo de novo? Tudo de novo? Mas por que essa surpresa toda? Não é a primeira vez, que você se sente tão patética, usada e burra. Mas o que fazer? Eu já sabia que isso ia acontecer. E, é isso. Agora é ficar desacreditando de todo mundo. Ficar com um bico de 80 metros na cara, é não ter paciência com mais ninguém. E ficar on-line no MSN o dia todo, esperando ele falar comigo, esperando ele pedir desculpas por ser tão ridículo, tão grosso. Não é a primeira vez que me sinto assim. Não é. E o que então, eu sinto por ele? Não é amor, não é paixão, não é desejo. Não é nada do que se possa definir. É encantamento, encantamento com uma pitada de sadomasoquismo, de burrice, de saber que vou quebrar a cara porque ele é mais novo do que eu, e não ta nem aí pra nada. Mas quando ele ta perto de mim, eu me esqueço ate da dor, da dor de não sentir dor alguma.

(b. monitchelle)