segunda-feira, 6 de setembro de 2010

De novo, de novo, de novo.

Há alguns dias não sentia fome, me sentia completamente saciada e realizada. Cheguei a pensar que dessa vez, Deus finalmente havia atendido as minhas preces, e aquele homem era realmente o que eu queria. O beijo era tão bom. Passamos algumas horas tão lindas e cheguei a imaginar que era real, que era sincero, que era mágico. Todo dia era bom, até segunda feira eu acordei cantando. Mas essa paixão como todas as outras, durou uma eternidade... uma eternidade de uma semana. Até sentir aquela facada atravessando as minhas costas e chegando no lado esquerdo do meu peito. E o que eu podia dizer? Que já sabia, é claro. E agora eu sinto uma grande vontade de não fazer nada. Por que tudo acaba no mesmo lugar? Ah, não. Não agora. Tudo de novo? Tudo de novo? Mas por que essa surpresa toda? Não é a primeira vez, que você se sente tão patética, usada e burra. Mas o que fazer? Eu já sabia que isso ia acontecer. E, é isso. Agora é ficar desacreditando de todo mundo. Ficar com um bico de 80 metros na cara, é não ter paciência com mais ninguém. E ficar on-line no MSN o dia todo, esperando ele falar comigo, esperando ele pedir desculpas por ser tão ridículo, tão grosso. Não é a primeira vez que me sinto assim. Não é. E o que então, eu sinto por ele? Não é amor, não é paixão, não é desejo. Não é nada do que se possa definir. É encantamento, encantamento com uma pitada de sadomasoquismo, de burrice, de saber que vou quebrar a cara porque ele é mais novo do que eu, e não ta nem aí pra nada. Mas quando ele ta perto de mim, eu me esqueço ate da dor, da dor de não sentir dor alguma.

(b. monitchelle)

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