domingo, 8 de agosto de 2010

A morte

Então é isso, tudo se acaba dessa forma? Você, nasce, cresce, luta, sofre... e morre? Suas histórias, seus amores, suas brigas, suas lutas, seus medos, tudo se acaba assim? No velório da minha tia, reparei as pessoas. Era tanta dor, tanta saudade, tantas promessas não cumpridas, tantos planos feitos e não realizados, tantos arrependimentos. Pergunto-me o que vai ser agora do meu tio e do meu primo. Meu primo tem 13 anos. Deveria ser proibido mãe morrer... A vida é assim, complicada demais. Apesar de ser obrigada a aceitar a morte eu não a compreendo. O que me acalma é saber que existe um Deus, que cuida de tudo. Enfim, a morte vem assim sem aviso prévio. Sem esperar. Dia vivo, com planos, sonhos, espera, e sem se despedir você morre! O terrível hábito de deixar tudo para depois, de acharmos que somos eternos é o pior defeito que podemos ter. Saímos muitas vezes sem dizer as pessoas mais importantes de nossas vidas, o quanto as amamos, e não temos mais oportunidades para isso. É quarto bagunçado, fotos para revelar, aquele telefonema não dado, aquela visita que sempre adiamos... e você simplesmente não volta, não volta nunca mais! Que absurdo! A morte é ridícula. Ela te obriga a sair, sem que você queira. Tanta coisa pra viver, e tudo se vai. Dessa forma, nada mais tenho a dizer, do que AME. Ame sem saber, sem sentir, sem entender, ame sem vergonha. Nunca tenha vergonha de dizer o que sente, de dizer uma palavra amiga. Afinal, nunca sabemos a hora em que não estaremos mais aqui.

(b. monitchelle)

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