domingo, 10 de julho de 2011

Tal, de... saudade!

Eita saudadezinha besta. Mas que sentimentinho ‘bobo’ esse. Uma mistura de tudo. Lembranças tão gostosas, outras tão dolorosas. É isso, tal de saudade. Saudade do cheiro de infância, da ingenuidade, da alegria de ganhar um doce, de sair para a sorveteria com os pais, de brincar com o irmão. Saudade dos cachorrinhos que morreram. Saudade de brincar até tarde na rua sem se preocupar com a violência, aliás, nessa época a única preocupação era se os Power rangers venceria os monstros. Saudade da roupa preferida que hoje não me serve, dos brinquedos, das músicas, da paixão pelo ídolo. Saudade do colégio, da tensão dos dias de prova, das farras nas recuperações, do recreio. Saudade daquela professora chata e daquele professor legal. Saudade das férias, saudade de quando acabavam as férias. Saudade dos amores. Amores eternos... Eternidade de uma semana. Amores, amores que se não fosse ‘ele’ não seria mais ninguém. Saudade dos sonhos, sonhos destruídos pelo tempo, desmanchados pela realidade. Realidade, e como era boa aquela realidade. Saudade de não ter um coração tão marcado, tão machucado. Saudade do tempo em que se podia confiar nas pessoas, hoje é cada um por si, cada um lutando para ‘vencer’, e se o preço para ‘vencer’ for te derrubar, ninguém vai hesitar, afinal, o importante é ‘ser O melhor’. Saudade do meu mundo imaginário, lugar que eu não precisava ficar de cara com nenhum vilão que massacraria meus sonhos. Saudade dos amigos, que saudade dos amigos. Saudade das tarde sem fazer nada, saudade das noites jogando conversa fora pela internet, saudade da cumplicidade. Saudade dos amigos perdidos. Eita saudadezinha besta. Um misto de sentimentos. Tão bom sentir saudade. Se existe saudade é porque foi bom. E é muito ruim sentir saudade. Dói muito. Porque não volta mais. Nunca mais! Então é assim, olhando pra trás, segurando o choro e lembrando que foram momentos únicos, e que amanhã ou depois sentiremos saudade de hoje, desse momento que passa diante de nós despercebido.

(b. monitchelle)

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